O transtorno de ansiedade na infância é uma condição clínica complexa caracterizada por um estado persistente de ansiedade excessiva e preocupação, que interfere significativamente no funcionamento diário da criança. Esta condição pode se manifestar de várias formas e pode ser influenciada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicossociais.
- Sintomas Comportamentais:
- Crianças com transtorno de ansiedade frequentemente exibem comportamentos de evitação, como evitar situações sociais, escolares ou familiares que desencadeiam ansiedade.
- Podem se tornar excessivamente dependentes de figuras de autoridade, como pais ou professores, buscando constantemente sua aprovação e reasseguramento.
- Demonstram comportamentos de perfeccionismo, esforçando-se para evitar erros e falhas.
- Podem apresentar irritabilidade, inquietação ou problemas de sono, como insônia ou pesadelos.
- Sintomas Cognitivos:
- As crianças com transtorno de ansiedade geralmente têm pensamentos negativos e preocupações excessivas sobre eventos futuros, como desempenho acadêmico, relações sociais ou eventos cotidianos.
- Tendem a superestimar os perigos potenciais das situações e a subestimar sua própria capacidade de lidar com elas.
- Podem ter dificuldade em concentrar-se nas tarefas devido à preocupação constante e à ruminação sobre eventos passados ou futuros.
- Sintomas Fisiológicos:
- A ansiedade na infância pode se manifestar por meio de sintomas físicos, como dores de cabeça, dores de estômago, náuseas, tonturas e aumento da frequência cardíaca.
- Esses sintomas podem ocorrer mesmo na ausência de uma situação claramente estressante e podem ser difíceis de explicar pela criança.
- Impacto Funcional:
- O transtorno de ansiedade na infância pode ter um impacto significativo no funcionamento global da criança, interferindo em suas relações interpessoais, desempenho acadêmico e participação em atividades extracurriculares.
- Pode levar a um aumento do absenteísmo escolar devido à recusa em frequentar a escola ou a dificuldades de concentração durante as aulas.
- Pode contribuir para um ciclo de evitação e isolamento social, prejudicando o desenvolvimento saudável de habilidades sociais e emocionais.
- Fatores de Risco:
- Fatores genéticos, como histórico familiar de transtornos de ansiedade, podem aumentar o risco de desenvolvimento de ansiedade na infância.
- Experiências de vida estressantes, como trauma, mudanças familiares ou eventos adversos, também podem desempenhar um papel no desenvolvimento do transtorno de ansiedade.
- Um estilo parental superprotetor ou crítico pode contribuir para a amplificação da ansiedade na criança.
- Intervenção e Tratamento:
- O tratamento do transtorno de ansiedade na infância geralmente envolve uma abordagem multimodal, incluindo psicoterapia, intervenções familiares e, em alguns casos, medicação.
- A psicoterapia é importante para a identificação e na modificação de padrões de pensamento e comportamento disfuncionais associados à ansiedade.
- A intervenção precoce e o apoio familiar são essenciais para promover o ajustamento saudável da criança e reduzir o impacto duradouro do transtorno de ansiedade na vida adulta.
Em resumo, o transtorno de ansiedade na infância é uma condição clínica séria que pode afetar significativamente o bem-estar e o funcionamento das crianças. Uma compreensão abrangente dos sintomas e fatores de risco associados é essencial para identificar e intervir precocemente nessa condição, promovendo um desenvolvimento saudável e adaptativo.
Agende uma consulta!
@psicologaluciadornelas