É uma atividade profissional que se refere aos cuidados de questões pertinentes à mente, como problemas psicológicos, emocionais e comportamentais. Trata-se de um processo onde o psicoterapeuta acolhe, interpreta as queixas do paciente e realiza intervenções por meio de técnicas psicológicas científicas e éticas para ajudá-lo a ressignificar pensamentos, emoções e comportamentos disfuncionais, relacionados a si mesmo e aos outros, de modo a permitir uma resolução adequada e adaptativa dos conflitos emocionais e existenciais referentes às queixas apresentadas.
A psicoterapia tem como objetivo colocar o indivíduo num estado mais funcional e saudável, no qual razão, emoção e ação estejam em equilíbrio. No processo psicoterapêutico são trabalhados pontos importantes como autoconhecimento, autoestima, gerenciamento de emoções, autocontrole, automotivação, empatia, habilidades, relacionamentos interpessoais, autoconfiança, amor próprio, autonomia, resiliência, dentre outros.
O autoconhecimento é o primeiro passo da psicoterapia, pois é um dos pontos fundamentais para o desenvolvimento e crescimento do indivíduo em todas as áreas de sua vida. Permite ao paciente tomar consciência do seu potencial, das coisas que desejam para sí, do sentido e propósito da sua vida. Também, ajuda o paciente a valorizar sua própria existência, a ter mais autonomia, a neutralizar os gatilhos que possam desequilibrar seu estado emocional, a gerir com maior eficiência todos os desafios e as dificuldades da vida, melhorando a maneira como ele se relaciona consigo, com as pessoas e com o mundo a sua volta.
Diferentes referenciais teóricos norteiam a pratica dos psicólogos, como as abordagens:
Terapia cognitivo comportamental (TCC)
Criada pelo neurologista e psiquiatra americano Aaron Beck na década de 60, cujo objetivo é identificar e transformar determinados padrões de pensamentos negativos, ou crenças limitantes, do paciente sobre si mesmo, sobre as outras pessoas e sobre o mundo, alterando como ele se sente, seu humor e se comporta diante da vida.
“Há mais na superfície do que nosso olhar alcança.”
Aaron Beck
Gestalt terapia
Foi criada na década de 1940 por Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman. Tem como objetivo auxiliar o paciente a se concentrar no presente, a partir de três conceitos principais: aqui e agora; consciência; e responsabilidade de si mesmo. Busca entender a pessoa de maneira holística, a partir da sua subjetividade, singularidade e vivências, para assim compreendê-la como um todo e ajudá-la a ser mais consciente dos padrões dos seus pensamentos, permitindo modificá-los quando interferem negativamente na sua qualidade de vida.
“Eu não estou neste mundo para satisfazer as suas expectativas. E você não está neste mundo para satisfazer as minhas. Você é você, e eu sou eu. E, se por acaso, nós nos encontrarmos, será ótimo. Se não, nada se pode fazer.”
Frederick Perls
Psicanálise
Método psicoterapêutico criado por Sigmund Freud em 1881. Tem como hipótese teórica a existência do inconsciente, a teoria da mente (id, ego e superego), a teoria da libido, a importância da sexualidade na vida psíquica e a técnica da associação livre. Segundo seus princípios nossas emoções e atitudes são originados no inconsciente. Seu objetivo é ajudar o paciente a ter maior compreensão de si, dos seus sofrimentos e sintomas, para que possa melhorar sua qualidade de vida.
“Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer.”
Freud
Psicoterapia analítica (Junguiana)
Foi desenvolvida pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung em 1911, tendo como princípio fundamental fazer a integração de aspectos inconscientes à consciência, ajudando o paciente a resgatar a sua essência. Tem como base os sonhos, pois para Jung eles representam a personificação do inconsciente. Interpreta a influência dos fatores socioculturais no desenvolvimento psíquico das pessoas. O terapeuta utiliza-se de técnicas artísticas, como pinturas desenhos e escrita, para acessar o inconsciente dos pacientes, guiando-o e ajudando-o a encontrar as respostas que precisa para a resolução das suas queixas.
“Tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são.”
Carl Jung
Psicologia positiva
A psicologia positiva foi criada a partir da década de 90 pelo psicólogo e professor norte americano Martin Seligman, com o objetivo de expandir a visão do tratamento psicológico para além dos transtornos mentais e dos problemas, a partir de estudos sobre o funcionamento positivo do cérebro humano, concentrando-se no que é saudável e funcional no indivíduo. Os pilares da psicologia positiva são: Emoção positiva; Engajamento; Relacionamentos; Significado e Realização. O terapeuta estimula no paciente características positivas como gratidão, confiança, serenidade, resiliência e otimismo para manter a mente saudável.
“A vida impõe os mesmos reveses e tragédias tanto para o otimista quanto para o pessimista, mas o otimista consegue enfrenta-los com mais tranquilidade.”
Martin Seligman
EMDR
É uma abordagem psicoterapêutica que foi desenvolvida em 1987 pela pesquisadora e psicóloga norte americana Francine Shapiro, que possibilita ao paciente reprocessar e dessensibilizar as suas experiências emocionais traumáticas e dolorosas através da ativação de várias áreas cerebrais, por meio da estimulação sensorial bilateral do cérebro (MBS), que pode ser visual, tátil e/ou auditiva, colocando-o num estado mais funcional e saudável, no qual razão, emoção e ação estão em sintonia, proporcionando uma resolução adequada e adaptativa das memórias relacionadas às queixas atuais, de modo eficiente e eficaz (PAI).
As bases da psicoterapia EMDR são fundamentadas no funcionamento neurobiológico do ser humano. Segundo a Associação Psiquiátrica Americana, é considerado um dos principais métodos no tratamento de situações traumáticas, uma vez que o reprocessamento de umamemória traumática ativa outras memórias positivas que estavam menos acessíveis no cérebro do paciente.
“O passado afeta o presente sem que estejamos conscientes disso”
Francine Shapiro
Além das abordagens citadas, estima-se que existam mais de duzentos tipos de abordagem na psicologia. É importante lembrar que a abordagem terapêutica é importante como orientação teórica e base de estudos para o profissional.
Todas as abordagens tem como premissa auxiliar o paciente a identificar suas habilidades e potenciais, bem como seus pontos de fragilidades; tornar conscientes suas forças internas; melhorar a autoestima; autoconfiança; resiliência; a capacidade de tomar decisões e estabelecer relacionamentos saudáveis com os outros.
Nos dias de hoje, com o avanço da tecnologia e com o aumento das pessoas habituadas às chamadas por videoconferência, as consultas on-line, tornaram-se uma opção a mais, uma realidade para muitas pessoas em um mundo em que o tempo é cada vez mais valioso. Além de evitar deslocamentos ou a melhor acomodação das sessões à agenda, as consultas on-line atendem também outras necessidades mais específicas, como por exemplo, quando em caso de viagem a pessoa queira continuar a realizar as sessões, para quem mora em cidades pequenas onde não encontra profissionais, para quem vive em outros países e deseja fazer terapia em sua língua natal ou para quem tem dificuldade de mobilidade.
A psicoterapia on-line pode ser feita em qualquer momento da vida, basta desejar. O processo é o mesmo da terapia presencial, está relacionado ao fortalecimento interno, ao autoconhecimento e transformação interior com o intuito de ajudar muito a pessoa a se sentir melhor e recuperar sua saúde emocional.
A tecnologia é apenas a ferramenta. O que importa é entregar-se ao processo e manter-se firme no propósito de cuidar melhor de si mesmo. Isso tem muito mais haver com sua motivação e compromisso, do que com qualquer questão tecnológica.
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Psicóloga e Neuropsicóloga Lúcia Dornelas Cavalcante- CRP-02/18190
Meu trabalho é embasado nos princípios da psicologia e da neurociência, buscando sempre enfatizar a importância do equilíbrio entre os pilares que regem a vida de todo ser humano: o corpo, a mente e o espírito.
Busco sempre acolher e compreender cada paciente levando em consideração sua singularidade.